15 de ago. de 2012






Romã


Ânima, leio em ti...
Detrás dessa quase melancolia
o brotar das lavas, que rebentam em premência
O olhar vago, busca incessante
curiosidade marota: ora graciosa, ora em histeria.

Em cada pedaço, em cada canto dentro
desdobram- se maravilhas e insurgências.
Fruta da casca arrebol: romã
Partida, derrama a polpa vermelha em gotas muitas, tenras
doce e ácida e doce...

Que o duelo que traz em si, Ânima, dentro, sufoca
Transborda, derrete e recua
Templo corpo.
Que a moral, imposta, é faca no peito e sangra
E onde quer que sangre, e porquê, deixa sangrar até esvair
Pra ver como é,
sentir.

Firma os pés na clareza, se agarra na certeza, quando há
Se alimenta de vida, quando há
Saber- te, Ânima...
O direito e o avesso.

Julho/ 2012

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