23 de ago. de 2012
















Caqui

Que garras são essas, cravadas, crispando em mim?
Tua vestimenta é noite e tem garras! Em quem mais faz isso?
Misturou marcas e pele...
A minha ficou marcada, mas não esqueça:
tens um pouco de mim nas unhas-garras.
Células minhas
E quando roubou meu olhar, com íris e tempo?
Com doçura, ou avidez, eu caqui maduro em tua boca.
Amadureci e me descompus
Quando há garras, agarras, há mãos?
Mãos que, nas minhas, peça chave do quebra-cabeças.
Mão cicatriz, na tua, na minha. Anéis sob medida e mãos que, sem padrão, desvelaram meu véu-camisa-branca, passearam por costas, barriga.
Ladrão!
Hoje, o que ficou, perfuma e lembra. Lembra?
Nada de métodos, desfigurando o "como manda o figurino"
Fomos...
Simples assim.

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